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Pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica?

Pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica?

Publicado por: Wecare Publicado: 29/08/2018 Visitas: 131376 Comentários: 2

Durante o tratamento oncológico, o paciente precisa observar alguns detalhes e tomar alguns cuidados. Isso porque a doença é algo complexo que exige maior atenção e, além disso, as formas de tratamento existentes podem causar efeitos adversos que, quando negligenciados, se tornam incômodos e podem até se agravar.

Naturalmente, uma das muitas dúvidas que surgem é se pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica durante o tratamento. Essa é uma questão delicada que vamos tratar com todos os panoramas.

Ao final, você vai entender melhor a relação entre o álcool e o câncer. Acompanhe nosso post de hoje e descubra se pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica.

 

O tratamento do câncer e seus efeitos 

Atualmente, são utilizadas 3 formas principais de tratamento contra o câncer, sendo a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia as mais comuns. O tratamento quimioterápico e o tratamento radioterápico funcionam de forma a destruir as células tumorais.

Porém, para que esses tratamentos possam chegar até os locais do tumor, outras células saudáveis são atingidas no caminho, o que pode ocasionar o surgimento de alguns efeitos colaterais.

Dependendo do local do corpo que recebe radiação, por exemplo, podem surgir feridas na boca, na laringe ou no sistema digestivo. Quanto à quimioterapia, alguns tipos de medicamentos podem diminuir a resistência do sistema imunológico.

Não são apenas estes efeitos que podem aparecer, e o surgimento de um ou outro efeito, bem como sua intensidade e duração, pode variar de um paciente para o outro.

 

Qual a relação entre álcool e câncer? 

O consumo de álcool pode aumentar o risco de desenvolver câncer em todas as pessoas. Os médicos recomendam não ultrapassar a quantidade máxima de 2 drinques por dia para os homens, e 1 drinque para as mulheres.

A quantidade é menor para mulheres porque o corpo feminino decompõe o álcool mais lentamente, demorando mais para dissipar a substância. Além disso, o tamanho corporal também influencia, pois se trata de uma proporção média.

Qualquer consumo acima dessas doses máximas já é considerado excessivo e pode aumentar o risco de câncer, além de várias outras doenças.

O álcool é uma causa conhecida de diversos tipos de câncer, entre eles: boca e orofaringe, faringe, laringe, esôfago, fígado, colorretal e de mama. O consumo também pode aumentar o risco de câncer no pâncreas.

A forma exata como o consumo leva ao aumento do risco não é conhecida, mas existem várias maneiras pelas quais esse aumento é observado, dependendo do tipo de câncer.

 

Danos em tecido corporal 

O álcool pode irritar a boca e garganta, causando danos ao tecido. As células tentarão se reparar, processo que pode resultar em alteração de DNA das células, o que eventualmente pode ocasionar o aparecimento de um câncer.

No cólon e reto, as bactérias podem converter álcool em acetaldeído, uma substância química que provoca câncer em animais. Já o fígado é conhecidamente danificado pelo álcool, que pode levar a uma inflamação. Ao tentar se reparar, as células do fígado podem ocasionar o aparecimento de um câncer.

 

Efeitos sobre outros produtos químicos 

O álcool funciona como um solvente, o que pode ajudar a absorção de outros elementos químicos como o tabaco do cigarro pelo trato digestivo superior. Essa pode ser uma das explicações para o aumento potencializado do risco de câncer de fumar e beber em relação a só fumar ou beber.

Além disso, o álcool pode diminuir a capacidade do organismo se recuperar de danos causados por essas substâncias.

 

Diminuição nos níveis de ácido fólico 

O ácido fólico é um nutriente essencial ao organismo para que as células se mantenham saudáveis. O consumo de álcool pode impedir que esse nutriente seja extraído dos alimentos. No caso do consumo exagerado e prolongado (alcoolismo) esse efeito é ainda mais grave, já que essas pessoas não conseguem bons níveis de nutrição em suas dietas.

Os baixos níveis nutricionais podem aumentar muito o risco de câncer de mama e câncer colorretal.

 

Outros efeitos 

O álcool pode aumentar os níveis de estrogênio, que é um hormônio responsável pela produção de tecido mamário. Assim, seu consumo pode aumentar o risco de câncer de mama. O consumo também pode adicionar muitas calorias à dieta, levando ao aumento de peso corporal, que é um fator conhecido que ocasiona o surgimento de vários tipos de câncer.

 

Recomendações – pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica? 

Agora que você já entendeu como se dá a relação entre o álcool e o câncer fica fácil entender as recomendações quanto ao seu consumo durante o tratamento oncológico.

Os médicos recomendam que o consumo depende do tipo de câncer e dos efeitos colaterais observados pelo paciente. Assim, pacientes oncológicos podem consumir bebida alcóolica com algumas condições.

Primeiramente, não devem haver feridas na boca, laringe ou qualquer região do trato digestivo superior ou inferior, já que o álcool causa o agravamento dessas feridas.

Os pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica respeitando os limites diários, ou seja, uma dose para as mulheres e duas doses para os homens. Entende-se como uma dose a quantidade de uma latinha de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de licor.

Bebidas mais fortes podem conter maior quantidade de álcool, o que influencia neste limite.

Os pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica somente se o tipo de câncer não tiver relação direta com seu consumo, como o câncer de boca, o câncer de faringe ou laringe. Nestes casos, o consumo deve ser evitado.

A pessoa mais indicada para esclarecer caso a caso é o médico oncologista, que vai poder dizer se o paciente oncológico pode consumir bebida alcoólica durante e após o tratamento, especificamente para cada caso e cada paciente.

 

Como conclusão, podemos dizer que sim, pacientes oncológicos podem consumir bebida alcoólica (dentro dos limites diários), porém, existem exceções que devem ser respeitadas. Essa orientação poderá ser passada pelo médico oncologista.

 

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Fontes:

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-e-alcool/2499/6/

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