O que é mastectomia e como ela é feita?
Atualmente, uma das principais formas de combater o câncer de mama é com a cirurgia de remoção do tumor. Essa cirurgia pode ser de dois tipos, sendo a cirurgia conservadora da mama, ou a mastectomia.
A diferença entre as duas é simples. Enquanto a cirurgia conservadora da mama preserva a maior parte do tecido mamário e sua aparência, a mastectomia consiste na retirada desse tecido em prol da cura e/ou tratamento.
Existem diferentes tipos de mastectomia e formas de realização dessa cirurgia. No post de hoje, vamos explicar as mais comuns para que você tenha um entendimento melhor sobre o procedimento.
Os tipos de mastectomia
A mastectomia pode ser realizada quando uma mulher não puder ser tratada com a cirurgia conservadora da mama, ou quando a própria paciente optar pela mastectomia ao invés da cirurgia conservadora.
Mastectomia simples
Este é o tipo mais comum de mastectomia e consiste na retirada de todo o tecido mamário, incluindo os mamilos, mas não a retirada dos linfonodos auxiliares e nem o tecido muscular sob a mama.
Os linfonodos podem ser retirados por meio de outro procedimento, na mesma cirurgia, se for necessário. A alta hospitalar acontece, geralmente, no dia seguinte ao da cirurgia.
Mastectomia dupla
A mastectomia dupla é feita em casos onde as mulheres têm o risco de desenvolver o câncer de mama na outra mama, consistindo na retirada de ambas na mesma cirurgia. Diversos fatores podem levar a esse risco, sendo que somente o médico terá autoridade para decidir quando fazer uma mastectomia dupla.
Mastectomia poupadora da pele
Esse é um tipo de mastectomia voltada para mulheres que desejam fazer a reconstrução da mama, seja imediata ou posterior. O tecido mamário é removido, porém, a pele é preservada. São utilizados implantes ou tecidos de outras partes do corpo para reconstruir a mama. Porém, este tipo de mastectomia não é recomendado se a mulher tiver um câncer muito próximo da superfície da pele.
Mastectomia poupadora do mamilo
Semelhante à mastectomia poupadora da pele, a poupadora do mamilo é indicada para quem tem um tumor pequeno em estágio inicial próximo à parte externa da mama, sem sinais de doença na pele ou perto do mamilo.
Nesta cirurgia ocorre a retirada do tecido mamário, mas a pele e o mamilo são preservados. O médico então verifica a existência de células cancerosas no mamilo. Caso não haja, a cirurgia é seguida da reconstrução mamária.
Mastectomia radical
Neste procedimento, o médico remove toda a mama, os linfonodos e o tecido muscular mamário. Essa cirurgia é raramente utilizada, sendo mais indicada em casos de grandes tumores que estão crescendo nos músculos peitorais.
Um pouco mais sobre a mastectomia
Muitas mulheres com câncer de mama em estágios iniciais podem escolher entre a cirurgia conservadora da mama e a mastectomia. A mastectomia não garante uma sobrevida maior ou uma chance de cura maior em relação à cirurgia conservadora da mama, podendo variar de paciente para paciente. A mastectomia é uma boa opção se a mulher:
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Não consegue fazer radioterapia ou prefere uma cirurgia mais extensa para não fazer radioterapia.
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Já fez radioterapia na mama.
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Já fez cirurgia conservadora da mama e a doença não foi completamente removida.
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Tem duas ou mais áreas de câncer na mesma mama que não estão próximas o suficiente para serem removidas sem alterar a aparência da mama.
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Tem um tumor maior que 5 cm ou um tumor grande em relação ao tamanho de sua mama.
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Está grávida e precisa fazer radioterapia durante a gravidez, com risco para o feto.
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Tem um fator genético, como uma mutação BRCA, que pode aumentar sua chance de um segundo câncer
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Tem uma doença importante do tecido conjuntivo, como esclerodermia ou lúpus, que pode torná-la sensível aos efeitos colaterais da radioterapia
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Tem câncer de mama inflamatório.
A realização da mastectomia diminui as chances de recidiva na mesma mama, mas não para a outra mama ou metástase para outros órgãos.
Se a paciente desejar fazer a cirurgia de reconstrução mamária, a equipe médica deve ser informada antes da mastectomia, pois pode ser possível realizar a reconstrução na mesma cirurgia (reconstrução imediata). Caso contrário, ela poderá ser realizada posteriormente (reconstrução tardia).
Quanto à recuperação da mastectomia, a maioria das mulheres pode voltar às suas atividades rotineiras em até 4 semanas. Porém, caso seja realizada a reconstrução mamária, esse tempo pode se estender.
Pode ou não ser necessário fazer quimioterapia ou radioterapia após a cirurgia, e isso depende de uma série de fatores a serem definidos pela equipe médica.
A paciente e seus familiares receberão uma série de instruções do que pode ou não ser feito e de como proceder durante o período de recuperação pós-cirúrgico. Caso ocorram efeitos adversos, o médico deve ser informado imediatamente.
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Fontes:
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mastectomia-para-cancer-de-mama/6564/265/