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O que você precisa saber sobre o câncer de mama

O que você precisa saber sobre o câncer de mama

Publicado por: Wecare Publicado: 19/06/2018 Visitas: 15829 Comentários: 1

O câncer de mama é a doença oncológica mais comum entre as mulheres (com exceção de pele não-melanoma). No Brasil, são estimados 59.700 novos casos em 2019, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A taxa de mortes causada pela doença, no último ano, foi de 16 mil pacientes.

O câncer de mama não é uma doença exclusivamente feminina. Apesar das mulheres corresponderem a cerca de 99% dos diagnósticos, a doença também pode afetar os homens, você sabia?

Mas o que é o câncer de mama?

O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células tumorais no local, que surgem após o organismo não conseguir reparar uma mutação genética.

Essa alteração pode originar nódulos que podem se desenvolver até serem considerados um câncer. Porém, na maioria dos casos, eles são considerados benignos, pois crescem de forma mais lenta (comparado ao maligno) "facilitando" o tratamento.

Tipos de câncer de mama

O câncer de mama pode ser classificado de diversas formas, de acordo com o local que o tumor se desenvolve.

Carcinoma ductal invasivo 

É a forma mais comum da doença, sendo diagnosticado em torno de 85% dos casos. "Carcinoma" é o nome dado a qualquer câncer que se desenvolveu em um tecido como pele ou mucosa. Já o "ductal" é o local do tumor, que surge nas células dos ductos (pequenos tubos responsáveis por levar o leite até os mamilos). Por fim, o "invasivo" é porque essa doença pode romper a parede desse ducto. O diagnóstico precoce do carcinoma ductal invasivo pode representar mais de 90% de chances de cura.

Carcinoma lobular clássico 

Corresponde a quase 10% dos casos, que é quando o tumor surge nas glândulas produtoras de leite da mama, também chamadas de lóbulos. O nome "carcinoma" é porque se desenvolveu em um tecido epitelial, que reveste o corpo (como a pele). Já o "clássico" é originado do comportamento da doença, que que fica restrita ao local que cresceu - chamado também de "in situ".

Câncer de mama inflamatório 

Diagnosticado em 2% dos casos. Pode se assemelhar a uma inflamação, causando vermelhidão e dor. Considerado um tipo mais agressivo do tumor, no qual as células podem bloquear os vasos linfáticos na pele, por isso é fundamental o acompanhamento médico desde cedo para maior eficiência no tratamento.

Câncer de mama metaplástico

Presente em apenas 1% de todos os casos da doença. Esse tipo é considerado mais agressivo, pois há uma mistura de vários tipos de células tumorais, dificultando o tratamento. O termo "metaplástico" se deve à mistura de elementos presentes em outros cânceres. Se detectado em estágio inicial, o tratamento pode ser mais eficaz e com maior chances de cura.

Fatores de Risco

Evitar os fatores de risco do câncer de mama podem ajudar a se prevenir da doença. Atualmente não há um fator isolado que possa ser conectado como a principal causa do câncer na mama. No entanto, isso não impede que sejam observadas características comuns entre os pacientes:

- Idade: mulheres acima dos 40 anos

- Histórico Familiar: se houver na sua família mais de uma pessoa com câncer de mama ou alguém recebeu o diagnóstico muito jovem (com menos de 40 anos), pode haver a presença de uma síndrome hereditária - mutações em genes que podem predispor ao desenvolvimento da doença. Para o câncer de mama, os genes mais identificados com alterações são o BRCA1 ou o BRCA2.

Existem relatos de que alguns acontecimentos na vida das mulheres, como ter a primeira menstruação antes dos 12 anos e não ter filhos possa influenciar no risco do câncer de mama. Obesidade depois da menopausa também pode ser uma causa da doença.

Prevenção

Alguns hábitos podem ajudar a aumentar as chances de prevenção do câncer de mama e reduzir o risco de desenvolver a doença.

Ter um estilo de vida saudável é o primeiro passo. Priorize uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e cereais, evitando o consumo de ultraprocessados e embutidos.

Pratique exercícios físicos, desde uma leve caminhada até a prática de algum esporte. Por fim, visite anualmente o médico para fazer um check-up completo.

Sintomas

Alguns sinais podem representar o surgimento do câncer de mama, variando de acordo com o paciente e da localização do tumor. Fique atento caso ocorra algum dos sintomas a seguir:

  • Caroço próximo à região dos seios ou embaixo do braço. Este costuma ser o sintoma mais comum do câncer de mama;
  • Dores e vermelhidão;
  • Coceira contínua e sem causa conhecida de um lado do seio;
  • Saída de fluídos sem pressionar os mamilos;
  • Retração da pele ou do mamilo.

Se você tiver algum desses sintomas, procure um médico para uma avaliação mais precisa. Essas características nem sempre representam o câncer de mama, mas merecem atenção.
 

Diagnóstico

O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta as chances de cura da doença em mais de 90%. Por isso, se você tiver algum dos sintomas acima, procure um médico.

Além disso, há um exame que todas as mulheres precisam fazer anualmente a partir dos 40 anos: a mamografia. Por meio desse procedimento é possível identificar nódulos nas mamas que são impalpáveis ou não visíveis a olho nu.

Caso haja a suspeita de um câncer após a mamografia, o exame a ser feito é a biópsia, na qual se retira algumas células da região suspeita para análise microscópica.

O autoexame pode ser feito por todas as mulheres, mas é somente uma maneira importante de conhecer melhor o corpo e detectar algum ponto de atenção. O autoexame não substitui a mamografia, pois identificará somente nódulos com um certo nível de crescimento, enquanto o exame de imagem poderá encontrar um câncer em estágio inicial.

 

 

Estadiamento

Se você receber o diagnóstico do câncer de mama, o médico te indicará o estadiamento da doença, ou seja, em qual estágio de crescimento ela se encontra no momento. Essa classificação é feita com números de 0 a 4, que ajudará a definir o tratamento mais assertivo.

Estágio 0 

Tumor está somente nos ductos ou nos lóbulos, e não alcançou outras partes da mama.

Estágio 1A

Tumor tem 2 centímetros ou menos e não se espalhou para outras áreas fora da mama.

Estágio 1B

Tumor tem 2 centímetros ou menos, mas foram encontradas células tumorais em um gânglio linfático próximo.

Estágio 2A

Câncer tem entre 2 e 5 centímetros, mas não se espalhou para os gânglios linfáticos; ou o câncer tem menos de 2 centímetros e alcançou até 3 gânglios linfáticos próximos.

Estágio 2B

Câncer tem entre 2 e 5 centímetros e se espalhou para gânglios linfáticos próximos; ou o câncer tem mais do que 5 centímetros e não se espalhou para nenhum linfonodo.

Estágio 3A

Câncer tem até 5 centímetros, espalhados de 4 até 9 gânglios linfáticos; ou o câncer tem mais de 5 centímetros, sem atingir os linfonodos.

Estágio 3B

Tumor de qualquer tamanho que atinge a pele na mama, causando inchaço e até úlcera.

Estágio 3C

O câncer de mama pode ser de qualquer tamanho no local e pode causar inchaço e úlcera. Já atingiu 10 ou mais gânglios linfáticos próximo do braço.

Estágio 4

O câncer de mama se tornou uma metástase e atingiu outros órgãos do corpo, principalmente ossos, pulmões, fígado ou o cérebro.

Tratamento

Depois que foi definido o estadiamento do câncer de mama, se escolhe qual o tratamento mais indicado para a doença.

O tratamento mais utilizado na história do câncer de mama é a cirurgia, que remove toda a área diagnosticada com câncer e, se for preciso, os gânglios linfáticos que foram infectados. Esse procedimento se chama mastectomia, uma cirurgia de remoção que existe há mais de 100 anos.

O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas hoje permite um procedimento menos invasivo, garantindo maior qualidade de vida ao paciente. A área removida da mama, caso a paciente deseje, pode receber uma cirurgia de reconstrução, método importante que possibilita a recuperação da autoestima após o tratamento.

Outro tratamento para o câncer de mama é a radioterapia, que utiliza uma fonte externa de alta precisão para eliminar células tumorais nas mamas. No caso, a radioterapia contra o câncer de mama, costuma ser utilizada de maneira complementar à outro procedimento terapêutico.

A quimioterapia é um dos principais tipos de tratamento do câncer de mama. Com a utilização de medicamentos direcionados a combater as células tumorais, contém seu crescimento e ajuda até a aliviar a dor do paciente. Pode ser complementar à cirurgia e eliminar células tumorais restantes nas mamas ou ser o método principal no combate à doença. A quimioterapia pode ser digerida por via oral ou intravenosa.

O avanço da quimioterapia hoje aumenta as chances de sucesso no tratamento do câncer de mama, com dosagens e medicamentos mais eficientes e menos agressivos ao organismo da paciente.

 

 

Conclusão

Agora que você sabe o que é o câncer de mama, como pode se prevenir dessa doença e os principais exames e modos de tratamento, pode ter algumas dúvidas específicas sobre como é durante essa fase da vida, principalmente no caso da quimioterapia.

É importante não cair em boatos e encarar o tratamento do câncer de mama (e de outros tipos de câncer) com informação e todo o cuidado que sua família possa dar. Por isso criamos um conteúdo especial, com os 5 mitos sobre câncer e quimioterapia que você precisa saber.

Espero você do outro lado.

 

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